Acordo Coletivo – Trabalhadores da CBA rejeitam proposta, pedem valorização e garantias de direitos

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Os trabalhadores da Companhia Brasileira de Alumínio (CBA) rejeitaram, em assembleia realizada na quarta-feira (10), a proposta apresentada pela empresa para renovação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT). A decisão foi motivada, segundo o Sindicato da categoria, pela falta de ganho real nos salários e pela ausência de garantias jurídicas relacionadas aos benefícios atualmente praticados.

A proposta da CBA incluía reajuste salarial de 5,17%, equivalente ao índice da inflação (IPCA), correção de 6,5% no piso salarial e a manutenção do vale-alimentação em R$ 1.300,00. O percentual representa um ganho real de 1,33%, considerado insuficiente pelo Sindicato, que reivindica aumento de 10,8% no benefício para equipará-lo ao valor praticado em empresas do mesmo setor, como a CPFL Santa Cruz, que atua nas regiões de Piraju e Ourinhos.

De acordo com o presidente do Sindicato, André Paladino, a entidade busca a valorização econômica dos trabalhadores e a inclusão, no ACT, de cláusulas que assegurem juridicamente benefícios como convênio médico, odontológico, previdência privada e cesta de Natal. Segundo ele, esses benefícios são atualmente concedidos pela empresa, mas não constam formalmente no texto do acordo, o que poderia representar riscos em caso de mudanças societárias, como fusão ou venda da companhia.

O Sindicato também propôs a criação de uma “Cláusula de Proteção Societária”, com base nos artigos 10 e 448 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), para garantir que possíveis alterações na estrutura corporativa não impliquem em perdas de direitos ou vantagens já concedidas à categoria.

Com a rejeição da proposta, o Sindicato solicitou a retomada das negociações, apresentando uma pauta ampliada que inclui reajuste acima da inflação, formalização de benefícios, regulamentação de jornada, adicional de turno, redução de trabalho isolado e melhorias em gratificações e estabilidade pré-aposentadoria.

A CBA ainda não se manifestou sobre a decisão dos trabalhadores nem sobre a possibilidade de nova rodada de negociações.