O Vaticano anunciou na manhã desta segunda-feira (21) a morte do Papa Francisco, aos 88 anos, em Roma. O falecimento foi comunicado oficialmente pelo camerlengo, cardeal Kevin Joseph Farrell, que exaltou o legado do pontífice. “Francisco nos inspirou a viver o Evangelho com fidelidade, coragem e amor universal, sobretudo em defesa dos mais pobres e marginalizados”, declarou.
Em sua última aparição pública, o Papa saudou os fiéis no domingo de Páscoa com a tradicional bênção Urbi et Orbi, da sacada da Basílica de São Pedro.
Nos últimos anos, sua saúde vinha se deteriorando, com recorrentes episódios de bronquite e infecções respiratórias.
O sepultamento será realizado na Basílica de Santa Maria Maior, um local que o pontífice visitava frequentemente desde o início de seu papado. O conclave para a escolha do novo Papa deve acontecer entre 15 e 20 dias após o início oficial da Sede Vacante.
Um pontificado marcante
Jorge Mario Bergoglio nasceu em Buenos Aires, Argentina, em 1936. Foi o primeiro papa latino-americano e também o primeiro jesuíta a liderar a Igreja Católica. Eleito em 2013, escolheu o nome Francisco em homenagem a São Francisco de Assis, símbolo de humildade e compromisso com os pobres.
Durante seus mais de 10 anos de pontificado, Francisco promoveu importantes reformas na Cúria Romana e defendeu com firmeza temas como justiça social, preservação ambiental e inclusão de grupos marginalizados.
O milagre na Amazônia
Um dos momentos marcantes de seu papado ocorreu em outubro de 2024, quando canonizou o padre italiano José Allamano, fundador da congregação dos Missionários da Consolata. A canonização foi baseada em um milagre atribuído ao religioso na Amazônia brasileira, em 1996.
Na ocasião, um jovem indígena yanomami, gravemente ferido após ser atacado por uma onça em Roraima, teria se recuperado após missionários rezarem por sua cura, invocando a intercessão de Allamano.
A Igreja Católica inicia agora um novo capítulo, enquanto o mundo se despede de um líder que marcou sua era com compaixão, diálogo e compromisso com os mais vulneráveis.
Com informações do Vaticano News, CNBB e Agência Brasil
Fonte original: Brasil 61