Na noite de ontem, 18, os vereadores de Ourinhos, em votação secreta, decidiram pela manutenção do veto do prefeito Lucas Pocay (PSD) ao aumento salarial de 52% para eles próprios. Segundo a assessoria da Câmara o prazo para apreciação do veto havia esgotado no dia 12, mas “Furna” presidente da casa, colocou a matéria em votação novamente. Os salários dos vereadores teriam aumento de R$ 8.854,00 para R$ 13.500,00 a partir da próxima legislatura, e eles também teriam direito a receber um 13º salário caso a lei fosse sancionada.
O aumento salarial foi votado em 17 de julho, de forma apressada, em uma sessão extraordinária, antes do recesso legislativo. Apenas o Vereador Guilherme Gonçalves votou contra, o presidente da casa não votou e 2 vereadores se abstiveram.
O aumento de 52%, é considerado pela população uma afronta, tendo em vista os R$18,00 de reajuste concedido pelo Governo Federal aos trabalhadores que recebem apenas o salário mínimo. O aumento vultuoso recebeu aval de: Abel Fiel (PSD), Alexandre Florencio Dias (PSD), Anísio Aparecido Felicetti (PP), Éder Mota (MDB), Ederson Aparecido Machado (MDB), Fernando Prado “Seco” (PP), Gil Carvalho (PL), José Roberto Tasca (MDB), Marcinho Domingos (União), Nilce Araujo Garcia (PSD), Valter Do Nascimento “Latinha” (PP).
Com a decisão de manter o veto do prefeito, os vereadores de Ourinhos não terão um aumento de subsídio em 2025. Analistas políticos esperavam pelo posicionamento dos vereadores em favor do veto, tendo em vista a relação sempre amistosa dessa base aliada ao executivo. Nada surpresos, esses mesmos analistas comentam que tudo parece fazer parte de uma tentativa de melhorar a imagem do chefe do executivo, tentando passar um ar de independência e austeridade.
O fato é que o Legislativo demonstra rotineiramente ser subserviente as vontades de Pocay, aprovando 100% dos projetos por ele enviados para aquela casa, que já recebeu da população o apelido de “Casa dos Parabéns”, em alusão aos inúmeros discursos feitos por vereadores da base agradecendo o Executivo por trabalhos rotineiros de qualquer gestão como troca de lâmpadas, tapa buracos, pode de árvores e roçada.