Operação flagra esquema de derretimento de fios furtados em área residencial; dono é preso em flagrante
A Polícia Civil de São Paulo fechou, na tarde de terça-feira (2/12), uma fundição clandestina de cobre que funcionava nos fundos de uma residência no Jardim Santos Dumont, em Ourinhos. O local era usado para processar fios furtados, principalmente cabos de telefonia, crime que vem causando prejuízos frequentes à infraestrutura urbana do município.
A ação foi conduzida pela Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Ourinhos durante o cumprimento de mandado de busca e apreensão expedido pela Justiça. No imóvel, os policiais encontraram uma estrutura improvisada de caráter industrial, com caldeiras, botijões de gás adaptados de forma irregular, formas metálicas, luvas de proteção, balança de precisão e diversas ferramentas utilizadas para derreter e moldar o cobre.
No quintal, as equipes localizaram grande quantidade de cabos telefônicos da empresa Vivo/Telefônica, muitos já queimados para extração do metal, além de lingotes recém-fundidos ainda quentes. Ao todo, foram apreendidos mais de 300 quilos de cobre e cabos, identificados por representantes da empresa como produto de furto, o que reforça a ligação da atividade clandestina com a onda de crimes que interrompem serviços de telefonia e internet e afetam diretamente a população.
A polícia apurou que o material era queimado a céu aberto no próprio quintal, provocando emissão de fumaça e gases tóxicos, o que configura crime ambiental. A instalação precária das caldeiras e o uso de gás liquefeito de petróleo em desacordo com normas técnicas colocavam em risco não apenas o imóvel, mas toda a vizinhança, caracterizando também crime contra a ordem econômica pelo funcionamento de atividade potencialmente poluidora sem qualquer tipo de licença.
O proprietário da residência, apontado como responsável pela fundição ilegal, foi preso em flagrante pelos crimes de receptação qualificada, poluição ambiental, funcionamento irregular de estabelecimento potencialmente poluidor e crime contra a ordem econômica. Ele foi encaminhado à unidade da Polícia Civil em Ourinhos e permaneceu detido, à disposição da Justiça para audiência de custódia, enquanto a DIG prossegue as investigações para identificar a origem de outros lotes de cobre e eventuais comparsas no esquema.




