Funcionários da ETA ficam “jogados” no prédio da SAE após privatização dos serviços de água e esgoto

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A maioria dos servidores que atuavam na Estação de Tratamento de Água aguardam encaminhamento em meio a denúncias de cargos sem ocupação e falta de planejamento na prefeitura

Após a privatização dos serviços de saneamento antes executados pela Superintendência de Água e Esgoto (SAE), funcionários concursados se encontram sem função no antigo prédio administrativo da autarquia, localizado no centro da cidade. A operação dos serviços de água e esgoto do município passou a ser executada pelo consórcio GS-Inima Traçado – Ourinhos Saneamento desde o dia 1º de novembro. No entanto, a transição gerou críticas e denúncias de desorganização, já que muitos servidores ficaram sem novas ocupações, aguardando direcionamento em uma estrutura que aparenta não comportar todos os cargos anteriores.

Deslocados e sem função
De acordo com funcionários, a situação envolve mais de 30 profissionais da ETA que agora estão “jogados” no prédio da SAE, sem uma ocupação definida. Entre os setores mais afetados estão o laboratório, a oficina e a equipe de redes. No laboratório apenas um foi realocado; na oficina, nenhum dos trabalhadores recebeu novo encaminhamento; e no setor de redes, quase todos os profissionais aguardam atribuição de novas funções. A falta de planejamento para a distribuição desses servidores reforça a preocupação sobre a destinação de cargos e funções.

Cargos sem atribuição definida
Funcionários e fontes internas apontam que os cargos vinculados à SAE, que agora operam sob a Secretaria de Meio Ambiente, foram criados no Diário Oficial sem atribuições específicas ou compatíveis com a nova estrutura da prefeitura. Nos quadros de funcionários da extinta SAE em Março de 2024 constavam 42 oficiais de rede e ao menos 20 tecnicos em produção de água, funções essas para quais não existem similares na PMO. Isso gera dúvidas sobre a organização e gestão desses recursos humanos, além de refletir uma possível ineficiência na transição dos serviços para o setor privado.

Sem previsão de solução
A expectativa é de que muitos desses servidores permaneçam sem função por até 60 dias, aguardando a mudança de governo. O impasse gera incerteza para os trabalhadores e suas famílias, que enfrentam um período de transição sem garantias sobre o futuro de seus cargos e atividades. A situação ainda gera questionamentos por parte do uso inadequado dos recursos de impostos pagos pela comunidade Ourinhense.